Esta é uma lista dos melhores filmes nacionais de todos os tempos até Outubro de 2016.
O "Portal do Curta" lista os
22 Filmes para ver e nunca mais falar que cinema nacional não presta
1. Limite (1931) de Mário Peixoto
Clássico do cinema nacional. Um tema, uma situação e três histórias. O tema, a ânsia do homem pelo infinito, seu clamor e sua derrota. A situação, um barco perdido no oceano com três náufragos – um homem e duas mulheres. As três histórias são aquelas que os personagens mutuamente se contam. Na situação se esboça o tema que as três histórias desenvolvem. A tragédia cósmica se passa no barco. E para ele convergem as histórias.
8. Lavoura Arcaica (2001) de Luiz Fernando Carvalho
Um dos grandes filmes nacionais, cheio de poesia visual. Selton Mello em mais uma grande atuação ao lado de Leonardo Medeiros e o do brilhante, já falecido, Raul Cortez. Repleto de diálogos longos e poéticos, com uma fotografia linda graças a Walter Carvalho (o mesmo de Central do Brasil). Nem tão fácil de ser compreendido, a proposta é exatamente essa de instigar o espectador a decifrar e juntar as peças. André (Selton Mello) é um filho desgarrado, que saiu de casa devido à severa lei paterna e o sufocamento da ternura materna. Pedro (Leonardo Medeiros), seu irmão mais velho, traz ele de volta ao lar a pedido da mãe. André aceita retornar, mas irá irromper os alicerces da família ao se apaixonar por sua bela irmã Ana.
9. Madame Satã (2002) de Karim Aïnouz
Forte e cru, essa obra se apresenta como um retrato de uma sociedade excluída e marginalizada. Onde drogas, violência e prostituição fazem parte do cenário e se misturam com o cotidiano dos personagens. Somos conduzidos por um Rio de Janeiro que vai além dos cartões postais, porém verdadeiro em todos os aspectos. O filme é baseado na história de João Francisco dos Santos, figura conhecida na cultura marginal brasileira do século XX. A obra faz um recorte da vida de João Francisco, traça sua história antes de se tornar “Madame satã”, personagem popular dos carnavais cariocas.
10. Amarelo Manga (2003) de Cláudio Assis
O diretor Cláudio Assis brinca com elementos de maneira crua e suja, sem máscaras. Os atores, assim como seus personagens, estão despidos de qualquer censura. No subúrbio de Recife, Lígia (Leona Cavalli) acorda já mal humorada, pois terá de suportar mais um dia servindo fregueses, que às vezes a bolinam no bar onde trabalha. Paralelamente Kika (Dira Paes), que é muito religiosa, está frequentando um culto enquanto seu marido, Wellington (Chico Diaz), um cortador de carne, decanta as virtudes da sua mulher enquanto usa uma machadinha para fazer seu serviço. Neste instante no Hotel Texas, que também fica na periferia da cidade, Dunga (Matheus Nachtergaele), um gay que é apaixonado por Wellington, varre o chão antes de começar a fazer a comida. Um hóspede do Hotel Texas, Isaac (Jonas Bloch), sente um grande prazer em atirar em cadáveres, que lhe são fornecidos por Rabecão, um funcionário do I.M.L. Não recomendado para os que se impressionam fácil. Um filme nacional que quebra tabus e desconstrói imagens.
O "Portal do Curta" lista os
22 Filmes para ver e nunca mais falar que cinema nacional não presta
1. Limite (1931) de Mário Peixoto
Clássico do cinema nacional. Um tema, uma situação e três histórias. O tema, a ânsia do homem pelo infinito, seu clamor e sua derrota. A situação, um barco perdido no oceano com três náufragos – um homem e duas mulheres. As três histórias são aquelas que os personagens mutuamente se contam. Na situação se esboça o tema que as três histórias desenvolvem. A tragédia cósmica se passa no barco. E para ele convergem as histórias.
2. Os Cafajestes (1962) de Ruy Guerra
Teve participação no roteiro de Miguel Torres. Foi o primeiro filme dirigido por Ruy Guerra no Brasil. Esse filme foi o primeiro a ter nudez frontal no cinema nacional mas sua importância histórica é muito maior do que isso. Um jovem rico, muito mimado, ao ver seu pai indo à falência, organiza um plano para reverter a situação. Ele consegue um cúmplice para armar um flagrante do tio rico com uma mulher. O objetivo era tirar fotos e tentar ganhar dinheiro através de uma chantagem.
Teve participação no roteiro de Miguel Torres. Foi o primeiro filme dirigido por Ruy Guerra no Brasil. Esse filme foi o primeiro a ter nudez frontal no cinema nacional mas sua importância histórica é muito maior do que isso. Um jovem rico, muito mimado, ao ver seu pai indo à falência, organiza um plano para reverter a situação. Ele consegue um cúmplice para armar um flagrante do tio rico com uma mulher. O objetivo era tirar fotos e tentar ganhar dinheiro através de uma chantagem.
3. O Assalto ao Trem Pagador (1962) de Roberto Farias
Baseado num caso real ocorrido no Rio de Janeiro em 1960, quando um bando atacou e assaltou o trem pagador da Central do Brasil. Armados, seis assaltantes levaram 27 milhões de cruzeiros e mataram um homem. O caso só foi encerrado um ano depois, com a prisão dos culpados.
Baseado num caso real ocorrido no Rio de Janeiro em 1960, quando um bando atacou e assaltou o trem pagador da Central do Brasil. Armados, seis assaltantes levaram 27 milhões de cruzeiros e mataram um homem. O caso só foi encerrado um ano depois, com a prisão dos culpados.
4. Noite Vazia (1964) de Walter Hugo Khouri
O rico empresário, Luizinho, e seu amigo Nelson, ao fazerem incursões pela noite paulistana em busca de sexo e diversão que preencham o vazio de suas vidas, numa dessas noitadas, a dupla encontra, em uma casa noturna, duas prostitutas de luxo, Mara e Regina. Luizinho convida o grupo para ir ao seu apartamento. Lá, os quatro entregam-se aos prazeres do sexo e suas infinitas variações. Mara e Nelson formam um casal silencioso e triste que se vê obrigado a se confrontar com o agitado empresário. Mara, na realidade, é uma jovem amadurecida, mas egoísta e amarga, que só pensa em dinheiro. Finalmente, após uma noite repleta de luxúria, o que seria também uma noite de prazer, acaba se transformado em um embate entre os quatro, revelando pouco a pouco seus ressentimentos e aflorando seus sentimentos mais íntimos e profundosos, onde os casais que terminam envoltos em tédios e angústias. O longa concorreu à Palma de Ouro do Festival de Cannes, na França, em 1965.
O rico empresário, Luizinho, e seu amigo Nelson, ao fazerem incursões pela noite paulistana em busca de sexo e diversão que preencham o vazio de suas vidas, numa dessas noitadas, a dupla encontra, em uma casa noturna, duas prostitutas de luxo, Mara e Regina. Luizinho convida o grupo para ir ao seu apartamento. Lá, os quatro entregam-se aos prazeres do sexo e suas infinitas variações. Mara e Nelson formam um casal silencioso e triste que se vê obrigado a se confrontar com o agitado empresário. Mara, na realidade, é uma jovem amadurecida, mas egoísta e amarga, que só pensa em dinheiro. Finalmente, após uma noite repleta de luxúria, o que seria também uma noite de prazer, acaba se transformado em um embate entre os quatro, revelando pouco a pouco seus ressentimentos e aflorando seus sentimentos mais íntimos e profundosos, onde os casais que terminam envoltos em tédios e angústias. O longa concorreu à Palma de Ouro do Festival de Cannes, na França, em 1965.
5. Terra em Transe (1967) de Glauber Rocha
O senador Porfírio Diaz (Paulo Autran) detesta seu povo e pretende tornar-se imperador de Eldorado, um país localizado na América do Sul. Porém existem diversos homens que querem este poder, que resolvem enfrentá-lo. Além da forte e corajosa crítica política, Glauber Rocha ainda demostra um apelo estético invejável, criando uma obra que se tornou clássico do cinema nacional.
Menções honrosas: vale conferir Deus e o Diabo na Terra do Sol e O Leão de Sete Cabeças, do mesmo diretor.
O senador Porfírio Diaz (Paulo Autran) detesta seu povo e pretende tornar-se imperador de Eldorado, um país localizado na América do Sul. Porém existem diversos homens que querem este poder, que resolvem enfrentá-lo. Além da forte e corajosa crítica política, Glauber Rocha ainda demostra um apelo estético invejável, criando uma obra que se tornou clássico do cinema nacional.
Menções honrosas: vale conferir Deus e o Diabo na Terra do Sol e O Leão de Sete Cabeças, do mesmo diretor.
6. O Bandido da Luz Vermelha (1968) de Rogério Sganzerla
Baseado na história real do marginal paulista chamado João Acácio Pereira, mais conhecido como Bandido da Luz Vermelha, coloca a população em polvorosa e desafia a polícia ao cometer os crimes mais requintados – de estupro a assassinatos. Ele conhece a provocante Janete Jane, famosa em toda a Boca do Lixo, por quem se apaixona.
Baseado na história real do marginal paulista chamado João Acácio Pereira, mais conhecido como Bandido da Luz Vermelha, coloca a população em polvorosa e desafia a polícia ao cometer os crimes mais requintados – de estupro a assassinatos. Ele conhece a provocante Janete Jane, famosa em toda a Boca do Lixo, por quem se apaixona.
7. Bicho de Sete Cabeças (2001) de Laís Bodanzky
Seu Wilson (Othon Bastos) e seu filho Neto (Rodrigo Santoro) possuem um relacionamento difícil, com um vazio entre eles aumentando cada vez mais. Seu Wilson despreza o mundo de Neto e este não suporta a presença do pai. A situação entre os dois atinge seu limite e Neto é enviado para um manicômio, onde terá que suportar as agruras de um sistema que lentamente devora suas presas.
Seu Wilson (Othon Bastos) e seu filho Neto (Rodrigo Santoro) possuem um relacionamento difícil, com um vazio entre eles aumentando cada vez mais. Seu Wilson despreza o mundo de Neto e este não suporta a presença do pai. A situação entre os dois atinge seu limite e Neto é enviado para um manicômio, onde terá que suportar as agruras de um sistema que lentamente devora suas presas.
8. Lavoura Arcaica (2001) de Luiz Fernando Carvalho
Um dos grandes filmes nacionais, cheio de poesia visual. Selton Mello em mais uma grande atuação ao lado de Leonardo Medeiros e o do brilhante, já falecido, Raul Cortez. Repleto de diálogos longos e poéticos, com uma fotografia linda graças a Walter Carvalho (o mesmo de Central do Brasil). Nem tão fácil de ser compreendido, a proposta é exatamente essa de instigar o espectador a decifrar e juntar as peças. André (Selton Mello) é um filho desgarrado, que saiu de casa devido à severa lei paterna e o sufocamento da ternura materna. Pedro (Leonardo Medeiros), seu irmão mais velho, traz ele de volta ao lar a pedido da mãe. André aceita retornar, mas irá irromper os alicerces da família ao se apaixonar por sua bela irmã Ana.
9. Madame Satã (2002) de Karim Aïnouz
Forte e cru, essa obra se apresenta como um retrato de uma sociedade excluída e marginalizada. Onde drogas, violência e prostituição fazem parte do cenário e se misturam com o cotidiano dos personagens. Somos conduzidos por um Rio de Janeiro que vai além dos cartões postais, porém verdadeiro em todos os aspectos. O filme é baseado na história de João Francisco dos Santos, figura conhecida na cultura marginal brasileira do século XX. A obra faz um recorte da vida de João Francisco, traça sua história antes de se tornar “Madame satã”, personagem popular dos carnavais cariocas.
10. Amarelo Manga (2003) de Cláudio Assis
O diretor Cláudio Assis brinca com elementos de maneira crua e suja, sem máscaras. Os atores, assim como seus personagens, estão despidos de qualquer censura. No subúrbio de Recife, Lígia (Leona Cavalli) acorda já mal humorada, pois terá de suportar mais um dia servindo fregueses, que às vezes a bolinam no bar onde trabalha. Paralelamente Kika (Dira Paes), que é muito religiosa, está frequentando um culto enquanto seu marido, Wellington (Chico Diaz), um cortador de carne, decanta as virtudes da sua mulher enquanto usa uma machadinha para fazer seu serviço. Neste instante no Hotel Texas, que também fica na periferia da cidade, Dunga (Matheus Nachtergaele), um gay que é apaixonado por Wellington, varre o chão antes de começar a fazer a comida. Um hóspede do Hotel Texas, Isaac (Jonas Bloch), sente um grande prazer em atirar em cadáveres, que lhe são fornecidos por Rabecão, um funcionário do I.M.L. Não recomendado para os que se impressionam fácil. Um filme nacional que quebra tabus e desconstrói imagens.
Veja a lista completa no link abaixo:
Sem comentários:
Enviar um comentário